Os organismos geneticamente modificados, os OGM, e transgênicos, fazem mal aos seres humanos? Apresentam riscos à biodiversidade? Saiba que não são a mesma coisa. Entenda a diferença entre os dois tipos de manipulação genética.
Os organismos geneticamente modificados (OGM) são seres biológicos (sementes, plantas, insetos, animais) que sofreram alguma mudança artificial em seu material genético (DNA). Caso a mudança tenha sido apenas estrutural ou na função do próprio material genético do organismo sem ter havido introdução de um novo material genético de uma espécie diferente, então esse organismo é considerado um OGM.
Quando há introdução de material genético de uma espécie diferente em outra, os organismos passam a ser, além de geneticamente modificados, transgênicos. Outra forma para entender o que são os transgênicos é a transgene (processo pelo qual se cria um organismo transgênico) em hipótese alguma ocorreria de forma natural, sem o uso das técnicas desenvolvidas pela engenharia genética.
Por outro lado, os OGM que não são transgênicos poderiam existir de forma natural, de acordo com o processo proposto por Charles Darwin e Alfred Wallace para explicar a adaptação e especialização dos seres vivos, a evolução – a diferença é que, de forma natural, o processo levaria muito tempo. Nunca se esqueça que todos os transgênicos também são organismos geneticamente modificados, porém nem todo OGM é um organismo transgênico.
QUAIS SERIAM SEUS BENEFÍCIOS ?
De acordo com a literatura poderiam ser citados alguns como:
– alimentos frescos como frutas e verduras teriam mais tempo nas prateleiras para consumo;
– as plantações maior resistência a vírus e insetos, ficando protegidas contra doenças;
– aumento nível de produção das plantações;
– redução do uso de fertilizantes; melhoria na produção do gado;
– capacidade de produzir sementes com maior qualidade nutritiva;
– redução de custos de produção;
– se destacam os OGMs, na pesquisa e produção de células-tronco embrionárias humanas, porém deve ser realizada conforme o Ministério da Saúde e a Lei de Biossegurança nº 11.105, de 24 de março de 2005 que estabelece normas de segurança e mecanismos de fiscalização de atividades que envolvam OGMs e seus derivados.
TUDO ISTO FICARIA COMPATÍVEL COM OS SEUS MALEFÍCIOS?
Com referência à saúde do homem alguns malefícios como:
– agravos potenciais sobre os sistemas metabólicos, com impacto sobre a saúde (ex., carcinogênese, mutagênese etc.);
– exposição a novas proteínas com capacidade de desencadear reações alérgicas, exemplo o uso de genes de alimentos alergênicos (como a castanha de caju, por exemplo) transfere suas características para a outra espécie e também a torna alérgica para determinados grupos de pessoas. Isso gera um aumento no número de alergias entre a população;
– implicações sobre os alimentos gerados a partir dela. Um exemplo interessante é o fato de que a proteína inseticida que o milho transgênico carrega em todas suas células já foi encontrada no sangue de bebês em gestação. Isto nunca aconteceu antes, na história da humanidade.
– aumento da resistência humana à antibióticos, através do consumo ao longo prazo de alimentos transgénicos ou de animais que tiveram alimentação transgénica, assim as infecções por estes micro-organismos são motivo de grande preocupação para saúde, pois a forma de combate às doenças causadas fica mais reduzida.